Com a restrição do acesso ao crédito em bancos e ainda com a redução na renda da população – principalmente da classe média – o mercado imobiliário não tem vivido bons momentos em sua economia. Com a conhecida crise econômica, que elevou os juros para 13,25%, é que as pessoas têm pensando muito bem antes de fazer uma compra, ainda mais se ela exigir pagamentos a longo prazo.
Apresar dessa realidade estar presente em todo o Brasil, é no estado de São Paulo que a situação tem sido sentida com toda a força. Até mesmo em áreas nobres da capital paulista como Itaim, Avenida Paulista, Vila Olímpia e Berrini, são cerca de 14 milhões de metros quadrados construídos para uma procura de apenas 22% dessas construções.
Trazendo essa realidade para números mais próximos, significa dizer que para cada 5 metros quadrados construídos, apenas 1 metro quadrado é procurado para se fechar negócio. Não se pode esquecer aqui também do ramo imobiliário dos aluguéis, os quais estão caros ao custar até R$ 122 por mês – por metro quadrado – em capitais como o Rio de Janeiro. Com isso, o consumidor julga melhor investir na casa própria, se for para ter custos com casa de aluguel – o que só traz mais aumento para a crise.
Especialistas do setor imobiliário afirmam que nem tudo é má notícia, uma vez que a tendência do mercado imobiliário é fazer com que a situação das vendas e dos aluguéis melhorem, no entanto, não se trata de nada que ocorra de “hoje para amanhã”, salientando que esse setor vai passar por melhoras sutis apenas no final de 2017 para início de 2018.
Contraditoriamente, a busca de clientes por compras de galpões comerciais tem passado por um bom aquecimento, aliás, é o que tem evitado com que uma crise ainda mais profunda alcance o ramo imobiliário. De acordo com a consultoria imobiliária JLL (Jones Lang LaSalle), são 28 milhões de metros quadrados de galpões já construídos e em plena negociação, com a previsão de que mais 15 milhões de metros quadrados de galpões sejam entregues até 2017.
O estoque de imóveis para vender e alugar é muito, contudo, a procura por eles tem sido muito pouca, uma situação que precisa da economia e dos seus aquecimentos para que volte, com força total, a gerar toda a lucratividade e geração de emprego e renda que é típico desse segmento.
Por Michelle de Oliveira
Foto: Divulgação
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