Banco Bradesco anuncia Redução da Taxa de Juros para Financiamento de Imóveis

Taxa de Juros passou de 8,2% para 7,3% ao ano.

Pensando em melhorar o acesso ao financiamento de imóveis pela população, o Banco Bradesco anunciou na última segunda-feira (30) que a partir do dia 1º de outubro irá cobrar uma taxa menor para o financiamento imobiliário.

Até o dia 30 de setembro o Banco Bradesco estava utilizando uma taxa de juros de 8,2% mais a taxa referencial, conhecida como TR. A partir do dia 1º os juros para o financiamento imobiliário passam a ser de 7,3% ao ano mais a taxa referencial (TR).

Essa queda segue o mesmo caminho da taxa básica de juros (Selic), que teve redução no dia 18 de setembro de 6% para 5,5% ao ano. Essa decisão foi dada pelo Copom, que é o Comitê de Política Monetária do Banco Central brasileiro. Com esse anúncio, a Selic se encontra com a menor taxa mínima histórica.

Juntamente com a taxa de juros de 7,3% para financiamento imobiliário anunciada pelo Bradesco, a modalidade ainda conta com um prazo de parcelamento de até 360 meses e o cidadão também pode utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS, como pagamento.

Para contar com o financiamento do Bradesco, a renda líquida do cliente só pode ficar comprometida em no máximo 30% com o valor das prestações, no entanto, o interessado poderá financiar até 80% do valor total do imóvel. Quem quiser saber mais informações deste financiamento e as outras condições do banco, pode ir até uma de suas agências a partir da terça-feira, dia 1º de outubro.

Outra vantagem do Bradesco é que o banco vem investindo bastante em aquisição e construção de imóveis. Só de janeiro a agosto deste ano de 2019, a instituição financeira investiu cerca de R$ 11,6 bilhões, segundo o ranking da Abecip, que é a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Isso colocou o Bradesco como o líder de investimentos entre as instituições financeiras e os bancos privados do mercado atual.

Juros x Inflação

Tanto a queda da taxa básica de juros (Selic) e a redução dos juros para financiamento imobiliário do Bradesco são usados como uma forma de aquecer a economia através do consumo. Quando o Banco Central, por meio do Copom, aumenta os juros básicos brasileiro é porque é necessário fazer um controle da inflação.

Basicamente funciona assim: quando a inflação do Brasil está alta, o Banco Central (BC) toma a decisão de aumentar os juros para tentar frear o consumo e daí forçar a redução dos preços praticados pelo mercado. No momento que a inflação está baixa, O BC corta a taxa básica de juros para estimular o consumo e melhorar a economia.

A reunião do Copom acontece a cada 45 dias ao longo do ano e o encontro dura cerca de dois dias. Para decidir se a taxa básica de juros vai se manter no mesmo patamar, aumentar ou diminuir, o Banco Central conta com diversos dados e fatores do cenário macroeconômico. Esses encontros são vistos como uma forma do Banco Central calibrar a Selic e equilibrar a economia.

Para este ano a meta é que a inflação fique em 4,25%, no entanto, esse valor tem uma tolerância que pode variar 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, a inflação pode ficar entre 2,75% e 5,75%. De acordo com os dados publicados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – em julho, a inflação acumulada de 12 meses ficou no patamar de 3,43%, dentro da margem esperada pelo governo federal.

A tendência, de acordo com o mercado, é que outras instituições financeiras e bancárias também reduzam seus juros praticados para o consumidor e aqueçam ainda mais as condições atuais da economia brasileira.

Por Carolina Costa

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